1ª VIAGEM A SALVADOR DA BAHIA – DIA 19-07-2019 E VOLTA DIA 28-07-2019
Para mim, de todas as imagens que tenho de Salvador, esta é uma das mais marcantes. Ela mostra o encontro do Oceano Atlântico com a Baia de São Salvador.
Estamos planejando esta viagem de caminhonete S-10, High Country. Pensamos em irmos de avião, contudo, eu gostaria que eu e minha mulher, tivéssemos uma visão mais direta deste imenso e rico Brasil. Isto se consegue indo por terra mesmo, como veremos, no transcorrer da viagem.
Vamos nos hospedar no: HOTEL VILA GALÉ SALVADOR. Praia da Ondina. Na Rua: MORRO DO ESCRAVO MIGUEL, 320.
Distância até o hotel = 1.873 Km.
PLANEJAMENTO: Iremos eu minha mulher Any Leide, companheira de viagens.
Esta é a S-10 que temos usado para nossas viagens pelo Brasil maravilhoso e rico. A minha mulher, Any Leide, minha companheira inseparável, e indispensável nestas excursões, nos alertando dos perigos das estradas. Enfim, além de excelente navegadora é também uma ótima motorista, para todos os lugares que temos passado. Neste dia nós fomos ao Parque Nacional das Emas, mas não pudemos entrar, pois ele estava fechado, para visitação.
Introdução: Salvador é a capital da Bahia e situa-se no, famoso Recôncavo Baiano. É a região geográfica localizada em torno da Baía de Todos-os-Santos, abrangendo não só o litoral, mas também toda a região do interior circundante à baía.
Geograficamente, o Recôncavo inclui a Região Metropolitana de Salvador, onde está a capital do estado da Bahia. Segundo os mestres geógrafos, o recôncavo recebe este nome por ser na realidade uma depressão, no solo de toda esta área, como se fora um afundamento geológico, criando a Bahia de Todos os Santos em seus entornos. A região é considerada muito rica em petróleo. Na agricultura, a cana-de-açúcar, mandioca, fumo e algumas culturas de frutas.
Este é um esquema do Google da região do Recôncavo Baiano, a cidade de Salvador em marrom, a baia, as ilhas (que visitaremos duas), e todas as cidade no entorno do recôncavo.
PLANEJAMENTO DA VIAGEM:
- Primeira etapa da viagem será de Ribeirão Preto até Araxá = 257Km. Pretendemos chegar em Pirapora, aí serão = 673 km.
Este esquema mostra o trajeto até Patos de Minas, uma distância de 416 Km.
00 –Ribeirão Preto – a saída.
Esta é Ribeirão Preto, tenho minha clínica odontológica em um prédio nesta praça, chamada das Bandeiras, que fica em frente à catedral metropolitana. Fotografia.
Ribeirão Preto foi fundada em 1856, neste período a região recebia muitos mineiros que saíam de suas terras já esgotadas para a mineração e procuravam pastagens para a criação de gado. No começo do século XX, a cidade passou a atrair imigrantes, que foram trabalhar na agricultura ou nas indústrias abertas na década de 1910. O café, que foi por algum tempo uma das principais fontes de renda, se desvaloriza a partir de 1929, perdendo espaço para outras culturas e principalmente para o setor industrial. Na segunda metade do século XX foram incrementados investimentos nas áreas de saúde, biotecnologia, bioenergia e tecnologia da informação, sendo declarada em 2010 como “polo tecnológico”. Essas atividades atualmente fazem com que Ribeirão Preto tenha o 24º maior PIB brasileiro.
01 – Primeira cidade Brodósqui.
Brodowski é um município brasileiro localizado na região nordeste do estado de São Paulo, fazendo parte da Região Metropolitana de Ribeirão Preto. A uma altitude de 850 metros. Possui área de 279,8 km², topografia constituída de terrenos altos e planos, clima tropical de altitude com inverno seco e verão quente e uma população estimada em 24.092 habitantes, estando a 27 km de Ribeirão Preto. A cidade é também conhecida como Terra de Portinari por ser o local de nascimento do famoso pintor Cândido Portinari.
Esta é a casa onde nasceu o famoso pintor Portinari, hoje é um museu dedicado à suas primeiras pinturas nas paredes da casa.
02- Batatais.
Batatais é um município do estado de São Paulo. Pertencente a Região Metropolitana de Ribeirão Preto. Está a uma altitude de 862 metros. Possui uma área de 851 km² e abriga uma população de 60.589 habitantes. A temperatura média anual é de 21°C. A vegetação do município predomina o cerrado. Contudo hoje área rural é uma grande plantação de cana de açúcar, possuindo inclusive uma grande usina de açúcar e álcool.
Esta igreja da cidade é um ponto turístico importante pois em suas paredes existem várias pinturas sacras feitas por Cândido Portinari.
03 – Franca.
É conhecida em todo Brasil como a Capital Nacional do Calçado e a Capital Nacional do Basquete. Sendo considerada a 5ª cidade mais segura do Brasil. Franca é um importante centro urbano, econômico e industrial.
Origens: A história da região denominada Sertão do Capim Mimoso próxima aos Rio Pardo e rio Sapucaí tem início com os bandeirantes: a partir da bandeira do Anhanguera (o filho), em 1722, que construiu o “Caminho de Goiás”, ou “Estrada dos Goiases” que ligava a cidade de São Paulo até as minas de ouro de Goiás, que naquela época pertencia à Capitania de São Paulo.
Esta é uma das avenidas principais da cidade, sendo cortada pelo Córrego dos Bagres. Houve época que o importante time de basquete da cidade chamava-se de Clube dos Bagues.
A cidade apresenta uma altitude bastante elevada, próxima a 1 040 metros. Nesta foto, tirada depois da cidade, ao longe as montanhas já mostram a topografia da divisa de São Paulo e Minas Gerais. Bem no horizonte inicia o Complexo da Serra da Canastra.
04 – PEDREGULHO.
O nome Pedregulho veio posteriormente devido à grande variedade de cascalhos, isto é, pedras de cores e tamanhos diferentes. O povoado de Pedregulho, foi elevado à condição de distrito do Município de Igarapava. A altitude de Pedregulho chega a 1.049 metros na região central.
A cidade foi muito lembrada, em uma época, pois o governador Quércia havia nascido lá, ocasião que ele fez grandes melhorias na cidade e em suas propriedades rurais.
A economia do município baseia-se basicamente na agropecuária, tendo como produto principal o café, que devido à sua excelente qualidade, foi vencedor de prêmios estaduais de qualificação. A família Quércia possuí na cidade uma das mais reconhecidas fazendas de cafés especiais do Brasil, um projeto que integra produção, uma torrefação e ainda a maior loja a América Latina, está localizada em São Paulo, a Octavio Café, para onde a família destina parte da produção. O restante é exportado para vários países. Além dos prêmios de qualidade da O’Coffee.
Além da belíssima cachoeira, envolta em uma mata natural e exuberante, pode-se notar ao fundo o início de uma belíssima plantação de café (esta fotografia é do Google).
TURISMO: Pedregulho está localizado em uma das regiões mais propícias do estado de São Paulo para a prática do ecoturismo. São cerca de 82 cachoeiras, entre elas a Cascata Grande sendo a maior queda d’água livre do estado com 126 metros altura e está localizada no Parque Estadual Furnas do Bom Jesus. Também já foram descobertas seis cavernas, duas delas com pinturas rupestres de mais de 4 mil anos. Existem ainda mais de 150km de trilhas de trekking mapeadas, fazendas centenárias, três estações de trem, locais para prática de mergulho em água doce e rapel na Caverna Buraco Sem Fim.
05 – Rifaina.
Rifaina é um município do estado de São Paulo. Localiza-se na divisa do estado com Minas Gerais. Sua altitude de 575 metros. Sua população estimada em 2017 é de 3.618 habitantes.
Este é o Rio Grande represado, reservatório da Hidroelétrica de JAGUARA. É um ponto turístico para todas as cidades de seu entorno. Como veremos é um ponto geográfico muito importante, na geografia de toda Região Sudeste do Brasil. Estas águas alimentarão mais de 10 Usinas Hidroelétricas, incluindo Itaipu, a maior do mundo em produção, depois, estas águas ainda passarão pela Argentina e Uruguai, no estuário do Prata. É a famosa bacia do Prata
RIFAINA: Na represa existem clubes náuticos, ótimas casas de veraneio, em fim é um lugar de recreação para vários esportes náuticos.
Esta ponte sobre a represa representa a divisa do Estado de São Paulo com Minas Gerais. Contudo geologicamente representa muito, muito mais, pois divide dois Sistemas Geológicos distintos.
Do lado do estado de São Paulo, temos um imenso planalto, com altitude média de 550m. Tem vários tipos de solo do litosol roxo, terras de origem vulcânica, terras arenosas, mas uma topografia suave. Toda esta área, do estado de São Paulo, faz parte da Bacia Hidrográfica do Rio Paraná. Todos os Rios que nascem a Este do estado, correm para o interior desaguando no grande Rio Paraná. O mais paulista destes rios é o RIO TIETÊ.
Do outro lado da ponte (Mg), a geologia e a topografia têm outras características, muito diversas. São ramificações da imensa formação do Espinhaço Central de Minas, que nasce ao Sul do estado próximo a Serra da Mantiqueira, e desenvolve em centenas de ramificações em direção ao Norte chegando até a Bahia. Suas ramificações recebem nomes regionais, pelos vários “crótons”, vales férteis e Serras isoladas. Por exemplo a Serra à frente que se vê pertencem ao Complexo da Canastra, com nomes regionais, como Serra da Sete Voltas, Serra da Guarita, Serra da Canastra, Chapadão da Babilônia, entre outros nomes. São belezas naturais indescritíveis, com seus vales e cachoeiras. Incluindo a importante nascente do brasileiríssimo Rio São Francisco, que nasce na Serra da Canastra a 1650m de altitude, no município de São Roque de Minas.
Como cruzaremos, o Triângulo Mineiro, e grande parte do norte de Minas Gerais iremos aos poucos declinando as cidades, as serras, e as belezas deste pais maravilhoso, até Salvador da Bahia.
06 – Sacramento e Desemboque.
Sacramento é um município do estado de Minas Gerais, na microrregião de Araxá. Estando a uma altitude de 832 metros. Sua população estimada em de 22.000 habitantes. Localiza-se na região sudoeste do estado de Minas Gerais na Zona do Alto Paranaíba, limitando a região do Triângulo Mineiro.
Atração turística: Gruta dos Palhares. A Gruta dos Palhares é considerada a maior gruta de arenito das Américas. Ramificando-se em outros compartimentos, tem uma profundidade explorada de aproximadamente 450 metros que, por questão de segurança, só pode ser visitada ou estudada com autorização especial. A formação rochosa é de arenito Botucatu, e sua descoberta deu-se na metade do século XIX. A área de visitação é rica de belezas naturais, com sua altura de 22 metros, abrigando em cada dobra da rocha centenas de ninhos de maritacas, papagaios, andorinhas e outras aves que ali encontram tranquilidade para reprodução (Google).
Já estive nesta gruta, um lugar muito bonito, águas cristalinas formam piscinas naturais, na gruta a profundidade é impressionante, as andorinhas e maritacas aos milhares, fazem ninhos nos nichos da rocha arenítica.
Desemboque: É um pequeno povoado, perto de Sacramento, ao passarmos pela cidade, logo 4 Km à frente tem uma estrada de terra, a direita, que nos leva para este lugarejo. Ele já foi muito importante, no período que havia muito ouro por toda a região de Minas e Goiás.
Histórico de Desemboque: Era um dos mais importantes lugares daquela grande extensão de terras, situado entre os Rios Grande e Paranaíba, nos limites das Capitanias de Minas e Goiás, em princípios do século XIX, quando a região pertencia à capitania de Goiás. Em 1816, D. João VI, então no Rio de Janeiro, desanexou os julgados de Araxá e Desemboque da capitania de Goiás e os anexou à vila de Paracatu do Príncipe.
O Sertão nessa época era um fervedouro. Os Caiapós, batidos e escaramuçados, procuravam as brechas de Goiás e, nas chapadas do Triângulo Mineiro, lugares para se estabelecerem, mas a conquista pelos brancos era irreversível.
Algumas cidades foram fundadas a partir de DESEMBOQUE, por exemplo Dores de Campos Formoso veio a ser Uberaba. Em seguida, surge a vila de Santíssimo Sacramento. E depois da vila do Santíssimo Sacramento vieram outras. Desemboque, de grande importância histórica, centro de imediação das bandeiras, oferecendo aos desbravadores da região ouro em abundância, foi perdendo o interesse, com a escassez do ouro, vindo a ser mais tarde um simples distrito de paz.
Livro de Mário Palmério, editado em 1965: Obra-prima do regionalismo, Chapadão do bugre é um livro inspirado na chacina política, ocorrida no início do século 19, numa pequena cidade do interior de Minas Gerais “ Provável região de Desemboque”, e descreve uma paisagem marcada pela violência de disputas, vinganças e paixões. Trata-se de um clássico testemunho da vasta experiência que o autor acumulou em suas andanças pelo Brasil afora, quando conviveu com coronéis e jagunços, tão vivamente retratados em suas narrativas.
Este era o Sertão, de rios como o São Francisco, na região da Canastra onde se garimpava ouro e diamantes. Córregos que despencavam em cachoeiras, onde dos pedregulhos se encontravam pepitas de ouro e diamantes. Com isso apareceram os Bugres, mestiços, jagunços, entre outros em busca de fortunas. Mas no comando os coronéis, onde muitos se matavam e alguns enriqueciam.
Ao passamos pelos tortuosos caminhos desta Serra até a cidade de Araxá, tudo veio em minha mente, como um filme em branco e preto, onde não existem mocinhos nem bandidos, a lei é dos mais fortes, dos mais traiçoeiros. Nasce o Chapadão das Zagaias, onde tetos de hospedarias, tinham redes com zagaias escondidas no forro dos quartos, que a noite caiam nos comerciantes de ouro e pedras preciosas, matando-os, para roubos, nos perdidos Sertões, sem leis.
07 – ARAXÁ. (Ver mapa).
Araxá é um município brasileiro do estado de Minas Gerais, na mesorregião do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba. Sua população estimada pelo IBGE em 2018 era de 105 083 habitantes.
HISTÓRIA: O topônimo “Araxá” significa terreno elevado e plano, planalto, chapadão, região mais elevada do que qualquer sistema orográfico.
Os primeiros povoados da região foram para o Desemboque, distrito de Sacramento, atraídos pela exploração do ouro. Posteriormente, com a decadência da mineração, esses moradores dedicaram-se à criação de gado. Entre 1770 e 1780, Araxá recebeu seus primeiros moradores, e surgiram as primeiras fazendas da região.
Descoberta a fertilidade da terra e o sal mineral nas águas do Barreiro, o povoamento de Araxá se intensificou. Em 1780 surge um povoado em um pouso de tropeiros na passagem de gado que ia ao Barreiro salitrar. Em 1791, foi criada a Freguesia de São Domingos do Araxá e nomeado o primeiro vigário.
Araxá é a cidade mais antiga de todo o Sertão da Farinha Podre, isto é, todo o Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba. Contava com 235 anos em 2015.
Este é o complexo do Grande Hotel de Araxá, uma obra icônica do Balneário de Araxá. Há muitas décadas, que as pessoas mais diferenciadas da sociedade de toda a região gostavam de ir passar férias neste hotel. Ainda hoje, eu passando por Araxá, não encontrei lugar para me hospedar neste hotel. (Esta fotografia é do Google).
Este é um mapa do Google, mostrando como passar por Araxá, para a Serra do Salitre e continuar nossa viagem para Salvador na Bahia.
II=. SEGUNDA ETAPA SERIA: ARAXÁ X MONTES CLAROS. DISTÂNCIA= 568 Km. BR-146 ESTRADA (para o norte).
CONTUDO NÃO FOI POSSÍVEL CHEGARMOS EM MONTES CLAROS, POUSAMOS EM PIRAPORA.
DE ARAXÁ A PIRAPORA SÃO= 400 km.
09- SERRA DO SALITRE.
Para este destino pegamos a estrada Br-146, até a rodovia Br-365.
Cidade Serra do Salitre.
Serra do Salitre.
História: A primeira referência a Serra do Salitre vem do bandeirante Lourenço Castanho Taques que em seu roteiro de 1675, diz: subindo a Cordilheira pelo vale do Rio Bamboí, e no alto até a Samambaia… e daí dividindo com o território dos Araxá, até a Serra do Salitre, seguindo rumo norte até Paracatu.
De fato, como ficou escrito por Castanho Taques, entendemos da anterior passagem de outros bandeirantes pela região, quando registraram a Serra do Salitre como um braço de serra onde se encontravam componentes para a confecção da pólvora, produto tão importante para permitir o enfrentamento aos bravios índios caiapós e posteriormente aos quilombolas. Posteriormente pelos idos dos anos de 1800, Salitre foi o nome do povoado que se formara e que veio a ser hoje a cidade de Patrocínio.
Auguste Saint-Hilaire, em sua obra “Viagem às nascentes do Rio São Francisco e pela província de Goiás. ” Faz um breve relato do distrito. ” Do alto da Serra descortina-se uma vista muito extensa, que mostra ainda imensas pastagens e moitas de árvores dispersas sem ordem: Se essa pequena cadeia tem o nome de Serra do Salitre, não é porque lá se encontre salitre; mas resolveram denominá-la assim, porque existem na vizinhança águas minerais que se julgavam, sem dúvida, carregadas desta substância, e que, como as de Araxá, podem substituir o sal para o gado”
Sua população, da cidade é estimada no último censo em 2008 era de 10.657 habitantes. Seu clima é tropical de altitude observando a variação da temperatura durante o ano. Com invernos frios e secos e verões tépidos e úmidos. A sede do município, está a 1220 metros acima do nível do mar. O município com área de 1298Km2 tem na produção de café seu carro chefe da economia, com cerca de 12.500ha de lavouras de café plantadas e produtividade de 1.500 kg/ha do melhor café produzido no Brasil e exportado pela Cooxupé. Tem ainda importância a produção de batata pela empresa A firma Montesa que emprega cerca de 350 pessoas nesta atividade produtiva. Soja, milho, algodão e feijão são outros destaques na produção do Município, bem como a produção de queijo, com rebanho bovino de aproximadamente 57.000 cabeças.
Ao passarmos pelo município vemos as maravilhosas plantações, podemos concluir que uma área riquíssima, um orgulho para o pais.
Pela fotografia pode-se perceber que o asfalto vem contornando as plantações, uma estrada inesquecível
As imensas plantações de algodão tingem de um branco vivo e exuberante a paisagem, ao longo de mais de 50 Km de estrada, um cenário, que as vezes é interrompido, pelas matas das reservas florestais e por outros tipos de agriculturáveis. Toda esta imensa quantidade de algodão, está no exato momento de ser colhido, como veremos na volta da viagem.
A estrada continua serpenteando plantações, que se perdem em horizontes distantes.
Máquinas moderníssimas colhem e empacotam o algodão em enormes rolos, para serem carregados. Os tempos mudaram tanto, ainda me lembro das mãos calejadas, as vezes sangrando, dos homens e mulheres que eram colhedeiras de algodão. Recebiam por arrobas colhidas.
Vínhamos apreciando a viagem, seguindo a orientação do grande escritor, Guimarães Rosa, “NÃO IMPORTA A SAÍDA, TÃO POUCO A CHEGADA, O IMPORTANTE É O TRAJETO”. Assim observar as serras, as plantações, os rios, entre outras, era nosso objetivo.
Quando notamos as distâncias pela frente ainda, eu e Any concordamos que iríamos pousar em Pirapora, as margens do Rio São Francisco.
Toda esta região que passamos, é de uma riqueza extraordinária, realmente não resta dúvidas que ao viajarmos por este Brasil, acreditamos, acreditamos mesmo. Não podemos esperar tudo de um presidente da república. Como Jair M Bolsonaro, o pais somos todos nós, se colocamos péssimas pessoas, ladrões, corruptos, a culpa é de todos, que votaram neles, e muitos ainda os defendem. Neste embate, de interesses e desonestidades o Brasil, sangra, os doentes morrem, os estudantes não aprendem e o saber evapora em nuvens sóbrias de ignorâncias.
A estada Br-146 passa pelo Rio Araguari. O rio Araguari é um curso de água do estado brasileiro de Minas Gerais. Tem sua nascente na Serra da Canastra, no município de São Roque de Minas e atravessa a região do Triângulo Mineiro, incluindo Araxá, Uberlândia e Araguari, bem como outros dezessete municípios.
09 – Pequena cidade de Catiara.
Esta é a pequena cidade de Catiara na Serra do Salitre.
Todas estas regiões são muito bem cultivadas, acumulando grande riqueza do Agronegócio.
Talvez nossas grandes cidades, não tenham realmente crescido, acredito piamente que incharam, por brasileiros dispensados de suas pequenas lavouras, mandados embora, substituídos por máquinas, que somente os muitos ricos poderiam comprar.
As enxadas foram substituídas por roçadeiras. Nas fábricas os homens foram substituídos pelos robôs. Não havendo capacitação e estudos, as pessoas podem ser substituídas, muitas vezes por pessoas de distantes países, muito mais habilitadas para executarem as mesmas coisas. Como disse há muito tempo um filósofo: “Não adianta dar o peixe, o fundamental é ensinar a pescar”.
Vou deixar minha vã filosofia de lado e pé no acelerador.
11 – BREJO BONITO.
Brejo Bonito é um distrito brasileiro que pertence ao município de Cruzeiro da Fortaleza, Mg. Está situada na Região do Alto Paranaíba e na Mesorregião do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba. Sua população é estimada em 1500 habitantes. Suas principais atividades são a agropecuária e o comércio.
Cidade de Brejo Bonito, é muito pequena, em compensação, as plantações em seu entorno são enormes.
12- BR- 365 – PEGANDO DIREITA (ESTE).
Este é o entroncamento esperado, pegaremos a famosa BR-365, onde cortaremos o estado de Minas até cidade Alegria da Divisa, já chegando na Bahia. Serão 766 Km, de estrada por Minas em direção ao noroeste do estado.
12 – PATOS DE MINAS.
Antes de chegarmos na cidade descemos uma serrinha, com árvores de ambos os lados, mostrando já uma região que respeita a natureza.
Ponte sobre o Rio Paranaíba passando em Patos de Minas. Este rio é muito importante, nasce na serra da Mata da Corda, no município de Rio Paranaíba, no estado de Minas Gerais na altitude de 1 148 metros. Após percorrer 1 170 quilômetros, junta-se com o Rio Grande, formando, então, o importante Rio Paraná.
O nome Patos é uma referência à grande quantidade destas aves que habitavam as várias lagoas da região. Pré-história: segundo estudos arqueológicos realizados na região central do Brasil, os primeiros seres humanos a ocuparem a região onde hoje é o município de Patos de Minas foram os índios da tradição Aratu/Sapucaí, que ocuparam grande parte de Minas Gerais.
Achei de muito bom tom a cidade colocar sua produção de trigo com um fator de destaque do município. Lógico que é a primeira cidade de Minas Gerais, a realizar esta plantação.
Passamos pela cidade com um pouco de pressa, mas vimos um movimento imensos de postos de combustíveis e centenas de caminhões. É incrível o número de grandes caminhões, estacionados por todos os lugares, não achei nenhuma explicação para isso.
Depois da cidade e uma dezena de quilômetro, passa por uma região de serras, mas não consegui saber o nome desta região. Claro que são ramificações da Serra do Espinhaço, mas em cada lugar ela recebe um nome específico.
Queríamos logo cruzar a BR-040, pois a estrada segundo consta ficaria mais no planalto, e para mim representa um marco na viagem que estávamos fazendo.
Este cruzamento é importante, para nós que gostamos de viagens. Se seguirmos para o Norte, teremos a cidade de Paracatu e o rio do mesmo nome.
Seguiremos em frente com destino a Pirapora. Tivemos informações da existência de buracos no asfalto na Br-365, antes de Pirapora.
A estrada é movimentada em frente, mas com cuidado trafega-se bem, até 20 Km antes de Pirapora. Pois aí o asfalto está cheio de buracos, crateras mesmo. Vimos dois carros e um caminhão trocando pneus. Os grandões, para desviar das crateras vem para o meio da pista, e a gente que se vira nos buracos do acostamento.
15 – VARJÃO DE MINAS (PEQUENA).
Este pequeno e pitoresco coreto, é um retrato de todas nossas cidades pequenas do interior brasileiro. (Fotografia do Google).
Segundo censo do IBGE 2010 sua população é de 6.054 habitantes.
A história de Varjão de Minas remete a quase que de forma imediatamente à história de sua ocupação e desbravamento interiorano de Minas Gerais. Ali, era um dos pontos de paradas dos tropeiros, viajantes e exploradores que partiram do leste do país rumo ao centro-oeste, mais precisamente Goiás. Fazem parte da busca incessante por minerais, pedras preciosas, exploração de mão de obra indígena e negra, além de perpassar e reproduzir traços de uma história política que envolve poderio da igreja e dos grandes coronéis que em Varjão habitaram.
Esta fotografia do Google é importante, pois a cidade é pequena mesmo, contudo ao seu redor existem pivôs centrais de irrigação, que se instalados na cidade fariam “chover” em toda área urbana, é o progresso da agricultura do lugar.
16 – LUZIANDIA DO OESTE. (Direita ficar na Br-365).
É um pequeno povoado, contudo nasceu em um lugar estratégico, no cruzamento de duas estradas federais muito importantes, que se encontram. A BR-040, que segue rumo ao norte para a capital Brasília, saindo de Belo Horizonte, e a Br-365, rumo ao Este, saindo de Uberlândia, até se encontrar com a BR-116.
17 – BURITIZEIRO (Rio São Francisco).
A imagem da região diz tudo sobre a importância do lugar, temos a montante da ponte da rodovia BR-365 a velha ponte, construída pelo ano de 1922, totalmente de ferro, ligando as duas cidades. Buritizeiro a margem esquerda, e Pirapora na margem direita do importante Rio São Francisco.
18- PIRAPORA. (Continuar na Br-365).
DE PIRAPORA A DIVISA ALEGRE, na divisa da Bahia são 683 km. Como disse, resolvemos pousa aí em Pirapora.
Pirapora, Mg. É o segundo maior polo industrial do norte de Minas Gerais, 33ª economia exportadora do estado e 2° PIB do norte-mineiro. Destaca-se por ser o começo do trecho navegável do Rio São Francisco e por suas indústrias de ferrosilício, silício metálico, ferro-ligas, ligas de alumínio e tecidos que são os principais produtos exportados pelo município.
História: Índios Cariris, em época remota, teriam subido o Rio São Francisco, movidos pelo temor à aproximação dos brancos pelo litoral brasileiro e acossados pelas tribos vizinhas. Aportando na área hoje compreendida pelo município de Pirapora, fixaram-se defronte à corredeira, estabelecendo sua aldeia justamente no local onde atualmente situa-se a Praça dos Cariris.
Navegação: O São Francisco foi, durante o ciclo da mineração, importante meio de transporte para o abastecimento da região das minas. As mercadorias saíam da Bahia subindo o rio e, quando terminava o trecho navegável, seguiam por terra até os centros mineradores. A cidade nasceu justamente no ponto da baldeação, na margem direita do rio, a jusante da cachoeira de Pirapora.
Um barco a vapor com rodas de pás é uma embarcação vista geralmente em águas fluviais, movida por uma caldeira que faz funcionar pelo vapor uma ou mais rodas de pás, também chamadas de roda de água, que funcionam como mecanismos de propulsão. Nesta fotografia observa-se um barco em Pirapora que faz passeios turísticos, até o Rio Paracatu e voltam. Interessante é a grande quantidade de lenha à frente do navio para aquecimento da caldeira e produção de vapor.
HOTEL CANOEIROS, onde nos hospedamos.
Esta é a entrada do Hotel, que fica às margens do Rio São Francisco, e na frente da Cachoeira de Pirapora. Acredito que o nome do hotel seja uma referência, e homenagem, a grande nação indígena que viviam por todas este imenso interior do Brasil. Eram os Avá-Canoeiros um imenso povo indígena da família dos Tupi-guarani. Infelizmente, a grande maioria destes povos do Brasil, têm sua história marcada por massacres e uma quase extinção de sua etnia.
Se esta foi a intenção do dono do hotel, homenagear as nações indígenas, acredito que ela foi muito feliz.
Existem muitas árvores no pátio da entrada da recepção, e com a iluminação haviam algumas corujinhas pelos arredores em busca dos insetos, atraídos pela luz, foi possível fotografar esta apenas.
O hotel dos Canoeiros, é bom hotel, não tem luxo, mas tem comida muito boa. No tempo das chuvas as águas inundam todo este espaço.
Há mais ou menos 50 anos, fui pescar no Rio Paracatu, com os saudosos amigos: Alfredo Nuti, José de Santa Rita, Wander e sargento Tonico. Aproveitamos para irmos à Pirapora e passamos por esta ponte, que luxo, que organização. Infelizmente agora é isto aí que estamos vendo, onde está nossa memória, será que apenas no nome do hotel?
CONSIDERAÇÕES DO RIO SÃO FRANCISCO. Já estive várias vezes em sua nascente na Serra da Canastra, corre pela Serra e depois precipita na bela Cachoeira da Casca D`Anta. (Internet – Viagens Dr. Sergio Lima).
O Rio São Francisco, ó verdadeiro rio de integração nacional. Popularmente é conhecido pelo nome de VELHO CHICO. É um dos rios mais importantes de todo Brasil. Seu comprimento é de 2.830 Km, banhando vários estados brasileiros.
Como vimos nasce na Serra da Canastra no município de São Roque de Minas. Corta o estado de Minas Gerais de Sul ao Norte, entrando na Bahia na cidade de Urucuia, onde deságua o rio (de mesmo nome) marcando a divisa dos estados. Depois corta o estado da Bahia também do Sul até os estados do Nordeste, onde estão tentando desviar parte de suas águas para as cidades nordestinas. Um projeto em meu ponto de vista, questionável, pelas inúmeras dificuldades existentes, e pela ausência de conhecimentos e equipamentos adequados para esta realização. O futuro dirá se eu tenho razão ou o projeto será um sucesso para o árido sertão nordestino. Ou será um projeto, onde o dinheiro do brasileiro, será transferido para mãos inábeis e corruptas.
O rio deságua no Oceano Atlântico, passando pelas principais cidades de: Pirapora, Urucuia, Petrolina, Juazeiro, Januária, Paulo Afonso, entre outras.
A estrada, saindo de Pirapora segue mais ou menos reta até o Rio das Velhas, vai paralela ao Rio São Francisco. Nesta região eles plantam muitas parreiras, com grande produção de uvas Niágara, compramos são muito doces e saborosas.
19 – RIO DAS VELHAS – MAPA.
O rio das Velhas é um curso de água do estado de Minas Gerais. Suas nascentes estão localizadas na cachoeira das Andorinhas, município de Ouro Preto, sendo o maior afluente em extensão do rio São Francisco, desaguando na Barra do Guaicui. O rio das Velhas teve grande importância histórica para o desenvolvimento da região central de Minas Gerais, tendo sido um dos principais caminhos através dos quais se desenvolveu o Ciclo do ouro. A partir de sua nascente, o rio das Velhas passa por outras cidades históricas da região como Sabará, Luzia, Belo Horizonte, Curvelo, Corinto, desagua em Guaicui no Rio São Francisco.
Impressionante este rio, percorre uma região de serras, suas águas ao longo dos séculos foram erodindo rochas, e destas removendo os minerais, incluído logicamente ouro e diamantes. Esta é a grande importância destes rios que escavam rochas milenares.
A seca em todo estado de Minas estava brava, por isso estas águas estão tão limpas. Nas épocas das chuvas elas se tornam barrentas, como pode ser visto na fotografia do satélite do Google, na foto anterior do rio, em sua desembocadura no São Francisco.
História. A história da ocupação da bacia do Rio das Velhas começa no final do século XVII, quando bandeirantes utilizaram a rota do rio para desbravar o interior do país em busca de ouro e pedras preciosas. Nesse processo de interiorização, os primeiros povoados de Minas começaram a se formar. Foi 30 Km, de estrada, depois de Pirapora que passamos pelo famoso Rio das velhas.
Na margem esquerda do rio São Francisco e Rio das Velhas, são as áreas de plantações de uvas, de ótima qualidade devido ao clima.
Aspectos importantes, estão plantando somente este tipo de parreira. Perguntei das itálicas, ele mostrou, uma grande área onde todo parreiral foi arrancado, eram itálicas, ele disse que não dão lucro mais. Somente em Januária que ainda plantam a uva itálica.
O mais incrível que ele estava vendendo peixe também. Eram pintadinhos, pequenos, filhotes ainda. Não tinham gelo, os pescados no caixão sem refrigeração. Isso acaba com os peixes. Nesta bacia do São Francisco, havia um peixe de couro, o piratamanduá, por ser muito apreciado, já não se encontra mais, disse o pescador. Com esta pesca predatória, e a poluição, não sei o futuro dos rios qual vai ser. Triste!
Conversei que muitas pessoas no hotel, posto de combustível e mesmo os vendedores na estrada, nas margens dos rios, ninguém. Ninguém mesmo, mostrou a menor preocupação com o desastre do rompimento da Barragem de Mariana, e a catástrofe do rio Doce ao rio São Francisco.
Rejeitos da barragem da Vale em Brumadinho contaminam Rio São Francisco. Dados comprovam que o Reservatório de Retiro Baixo está segurando o maior volume dos rejeitos de minério que vem sendo carreados pelo Paraopeba.
Bem quem sou eu para analisar os comportamentos das pessoas? Mas o mundo ficou estarrecido com o desastre, e em nossa passagem por lá, não sentimos em ninguém a menor preocupação.
20 – GUAICUI.
Barra do Guaicui é um distrito do município de Várzea da Palma, localizado na região do Alto São Francisco Mg. A localidade é conhecida pela barra do rio das Velhas, que deságua no rio São Francisco. O nome Guaicui significa, em língua tupi, “rio das Velhas”.
História: Barra do Guaicui é um distrito do município de Várzea da Palma, localizado na região do Alto São Francisco, no estado de Minas Gerais. A localidade é conhecida pela barra do rio das Velhas, que deságua no rio São Francisco. O nome Guaicui significa, em língua tupi, “rio das Velhas”. Lugar rico pela sua cultura.
O RIO DAS VELHAS TEM MUITAS HISTÓRIAS, PELA SUA IMPORTÂNCIA NA EXTRAÇÃO DO OURO POR TODA MINAS GERAIS.
Esta é a Cachoeira das Andorinhas, no Morro do Itacolomi, no município de Ouro Preto, mostrando a nascente do Rio das Velhas, ele vai percorrer 801 Km até desembocar no rio São Francisco, na cidade de GUAICUI.
PARQUE NACIONAL CACHOEIRA DAS ANDORINHAS.
Foi em 1696 que o bandeirante Borba Gato, tendo achado ouro no rio, mandou o material para o governador da província e devido à importância do achado foi nomeado administrador do Rio das Velhas. Deste rio durante os séculos seguintes foram extraídas toneladas de ouro e enviados a Portugal. Segundo, os historiadores deste rio foram produzidos mais ouro, do que toda a produção do metal de toda a América do Sul.
O Rio das Velhas, nos seus 800 Km, passa por 50 municípios, mas no caso da capital Belo Horizonte, segundo os especialistas ele “BEBE ESGOTO” da cidade. Prometem há anos minimizar o grave problema, mas está somente na promessa.
As luzes maravilhosas do poente, não nos deixa ver a poluição, sub as águas. É a ilusão da beleza. Foto Google.
21 – JEQUITAI.
HISTÓRIA: Inicialmente habitado por índios, o atual município de Jequitaí tem sua história ligada ao ciclo do ouro. A riqueza mineral da região foi descoberta no ano de 1872, já no final do Império do Brasil, por viajantes que faziam o trajeto da Vila de Formigas (hoje, Montes Claros) para a Vila Nossa Senhora do Bom Sucesso e Almas da Barra do Rio das Velhas (hoje, Barra do Guaçuí).
Ao atravessarem um rio, no lugar denominado Porto Inhay, eles encontraram diamantes de qualidade apreciável e ali se estabeleceram. A notícia do descobrimento das preciosas pedras se espalhou, trazendo, às margens do referido rio, gente de toda a parte. Mais ou menos 500 garimpeiros acamparam em choças de palha e capim e formaram um arraial.
O sítio Arqueológico Lapa do Sol de Jequitaí se insere no Curral de Pedras, localidade do município de Jequitaí/MG.
É uma caverna calcária composta por dois condutos lineares paralelos, denominados Lapa do Sol I e II, pouco distantes entre si e interconectados.
Em seus tetos e paredes foram realizadas mais de trezentas pinturas rupestres e, ao menos, seis gravuras picoteadas. Numa reentrância na rocha do lado externo da Lapa do Sol I também se observam pinturas.
Sítio Arqueológico Lapa do Sol, Jequitaí – MG, Curral de Pedras
Povos primitivos, que povoavam a região, há milhares de anos, por todas as Serras da imensa região de Minas até o Nordeste deixaram suas marcas, sua arte, gravando em pedras sua presença. Nós os homens modernos que lições temos tirado de toda esta cultura?
Caminhões imensos passavam pela região, pela ponte. Carros modernos cruzavam estes caminhos, mas o olhar distante, desta humilde e desdentada mulher, faziam todo o contraste. Sua postura mostra uma hombridade segura, e um orgulho inquestionável. Esta senhora, com os pés nas limpas águas, lavando sua roupa ao ruído da correnteza, estaria no céu? E os passantes, na correria, na busca de alguma coisa estaria onde? O que pensar? (Foto Google).
Cidade de Jequitai.
Realmente nesta viagem pelo Triângulo Mineiro e Norte de Minas, fiquei muito impressionado, com tudo que vi e analisei, nas riquezas dos lugares. Muitos são pequenas comunidades com grandes histórias, de um passado distante, mais 4.000 anos. Até a história “recente” de séculos passados, de índios e brancos na disputa das riquezas que se evaporaram nos tempos.
São muitos quilômetros de Serras, creio que faz parte do Espinhaço Central de Minas, com suas múltiplas divisões geológicas. O panorama é de um cerrado alto, de árvores retorcidas, casca grossa, há séculos adaptadas ao solo e ao clima do relevo. Dá para perceber que é um solo muito antigo e sujeito a muitos processos de erosão e modificações geológicas.
A Serra do Espinhaço é uma cadeia montanhosa localizada no planalto Atlântico, estendendo-se pelos estados de Minas Gerais e Bahia. Seus terrenos são do Proterozoico e contêm jazidas de ferro, manganês, bauxita e ouro.
Foi ao longo da serra do Espinhaço que a mineração, no período colonial se deu, principalmente. E foi na Serra do Espinhaço, em consequência, que os núcleos urbanos mais importantes se formaram (Ouro Preto, Sabará, Serro e São João Del Rei, Montes Claros, Diamantina, entre outros lugares menores.
Olhando estas rochas, poderíamos ouvir dos geólogos uma história de bilhões de anos, de eras de grande vulcanismo, migração dos continentes, depósitos de minerais sobre elas, e movimento tectônicos com forças inimagináveis, que as dobraram ao longo dos tempos, formando uma imensa cadeia de Serras que cruzam, de Sul ao Norte, os estados de Minas Gerais e a Bahia.
No fim da reta uma pequena cidadezinha encrustada na Serra.
Todos motoristas nestas estradas, BR, têm que ser “profissionais”, experientes, e cuidadosos, caso contrário, pode ocorrer desastres trágicos como vimos alguns.
Nas duas fotos dá para ver a imprudência, que nos põe todos em risco, nas estradas.
Nesta Serraria existe uma quantidade muito grande de tipos de solos geológicos, fico imaginando o grande trabalho que os bandeirantes tiveram para achar estes minerais preciosos, nesta imensidão. Os índios que há muitos séculos, moravam em todo este Brasil, devem ter sido importantíssimos nessas descobertas, quando não eram exterminados.
O efeito orográfico da Serra se manifestou, as nuvens cúmulos se agrupavam, em estrados cúmulos congestos, a chuva ao longe, fazia uma faixa branca no horizonte.
Realmente estes condutores de grandes caminhões são peritos, pois se não fossem acho que haveria um desastre por légua. Andam a 100km/h um colado no outro, quando tem uma pequena brecha passam mesmo, quem vem sentido contrário que saia no acostamento, como vemos na foto isso é um fato corriqueiro nestas BR. Tinha momento que eu olhava no retrovisor, e parecia, que o “monstro” estava para empurrar-me para frente, a frente tinha uma grande carroceria preta, e aí, doutor? Lá ia eu para o acostamento, e ele passava lento, mas urrando o motor ao meu lado. Pensando nisto estou em dúvida, eles serem bons motoristas, ou como disse um dono de frota, eles andam drogados? Não sei dizer, mas nestas estradas temos que ser muito bons e sempre atentos, para todos lados.
21 – VISTA ALEGRE. (Distrito de Claro dos Poções). MG.
Vista Alegre é um distrito do município brasileiro de Cataguases, estado de Minas Gerais. Banhado pelo Rio Pomba, o distrito localiza-se a sudeste da sede municipal, da qual dista cerca de 17 quilômetros. Foi criado em 21 de julho de 1890.
22 – MONTES CLAROS (Km 825 de Ribeirão Preto).
Montes Claros cidade no Norte de Minas Gerais. Distando desta cerca de 422 km, de Belo Horizonte. Sua população era de 404 804 habitantes. Montes Claros foi emancipada no século XIX, tendo, há bastante tempo, a indústria e o comércio como importantes atividades econômicas, sendo considerada um polo industrial regional.
As terras do atual município de Montes Claros eram, até a década de 1760, habitadas apenas pelos índios Anais e Tapuias. Por volta do ano de 1768, uma expedição composta por 12 bandeirantes, a Expedição Espinosa, desbravou a região à procura de pedras preciosas, e embrenhou-se pelo sertão do Norte da Capitania de São Paulo e Minas de Ouro. Fernão Dias Pais, o governador, organizou uma bandeira, para conquistar aquela região.
Geologia
Há uma falha geológica nos entornos da cidade, que é apontada como a responsável por tremores de terra. Ela tem cerca de 3 quilômetros de extensão (estende-se do bairro Vila Atlântica à Serra do Mel) e está situada a uma profundidade de 1,5 a 2 quilômetros. Por conta da “fenda” no subsolo, a terra treme quase que continuamente, segundo informações divulgadas por professores do departamento de Geofísica da Universidade de São Paulo (USP) e do Observatório Sismológico da Universidade de Brasília (UnB).
O abalo de maior intensidade já registrado foi de cerca de 4.2 graus na Escala Richter, ocorrido em 19 de maio de 2012, atingindo 60 casas, sendo que seis delas foram condenadas e duas interditadas pela Defesa Civil da cidade, com as famílias desabrigadas. Segundo informações, tremores superiores a 5 graus na Escala Richter são improváveis, e imprevisíveis, mas possíveis. Porém, como os abalos duram segundos, não há risco de causar danos graves. Sismógrafos contabilizaram 174 tremores de terra em Montes Claros de julho a dezembro de 2012.
Ecologia e meio ambiente: Montes Claros pertence ao domínio do cerrado, onde há ocorrências do cerrado alto e do cerrado baixo, com ligeiras ocorrências de cerrado de matas. Também há trechos com registros de caatinga hipogerófila. Na flora regional é comum o desenvolvimento da tabebuia (pau-d’arco), do pequizeiro, do bloco de Juriti, do jatobá, da macambira, braúna e da paineira (barriguda), além de possuir uma flora rica em plantas medicinais.
MONTES CLAROS: Uma fotografia do Google, do centro da cidade à noite, mostrando o desenvolvimento urbano.
Por esta imagem do Google, pode-se notar que a cidade, de Montes Claros, está encrustada em uma ramificação do grande Complexo da Serra do Espinhaço, mas nesta região ela é chamada de SERRA DO MEL. Não dá para notar, mas a sudeste da cidade tem uma falha geológica, que as vezes dá origem a tremores de terra.
Subindo a Serra do Mel com cuidado. Nesta subida pude imaginar o que seria as dificuldades dos bandeirantes e exploradores, ao percorrerem estas grutas e penhascos, munidos de uma simples bússola, ou na maioria das vezes orientados apenas pela vontade férrea da procura do ouro ou diamantes.
A geologia da região é complexa no mundo todo. Mas na Serra do Espinhaço, concordam as pessoas que se interessam que: Na fase inicial de suas formações, as atividades do vulcanismo formaram as rochas magmáticas, onde o carbono sub imensas pressões formaram os diamantes. Metais preciosos ou não derreteram e se converteram em estruturas geológicas. Com o passar dos milênios, com os movimentos tectônicos, essas rochas se afloraram. Há 600.000 milhões de anos aproximadamente os continentes migraram. Os animais e a vida surgem de forma evidente na Terra. Iniciam as erosões, os rios, os ventos, o ácido da raiz das plantas que dissolviam o solo, assim, estes minerais se expõem, e nas lavras, nas terras de aluviões, o homem os encontra, e os tiram até hoje, gerando fortunas para poucos, como sempre.
Empresas retiram trens de hematita, diariamente do coração de Ferro do Brasil. O ouro sai as toneladas, por vezes sem que ninguém saiba, pelos nossos aeroportos e navios. Pedras preciosas, são removidas sem que ninguém fica sabendo. Tudo às escondidas.
Mas, o fogo na Amazônia todo mundo mete o bico. Os miseráveis que retiram o ouro ninguém fala nada. Um ladrão de altíssimo gabarito, que é preso, movimento todo estado por décadas. Acorda Brasil, se valoriza, este pais é realmente um paraíso, gerido por corruptos, sob olhar de uma população extremamente pacífica.
23 – FRANCISCO SÁ (cidade pequena).
A cidade fica na SERRA DO CATUNI.
Em 1704, o capitão Antônio Gonçalves Figueiras, organizou uma pequena expedição com número provável de 20 trabalhadores, inclusive índios, e partiu de sua Colônia em direção ao nordeste. Depois de alguns dias de viagem, a expedição chegou a um lugar próximo da serra Catuni ou Decamão. Já sendo tarde, o capitão decidiu acampar ali mesmo com seus comandados, dando ao local a denominação de Cruz das Almas das Caatinga do Rio Verde. Profetizou que o lugarejo se tornaria um comércio próspero, não só pela sua posição geográfica, como também pelas riquezas naturais de suas terras.
Francisco de Sá deve seu nome atual ao Dr. Francisco Sá, que, além de engenheiro, foi, durante muitos anos, Ministro da Viação e Obras Públicas.
IMAGEM DE FRANCISCO SÁ (GOOGLE).
24 – BARRACÃO. (Cidade Pequena). Br-251.
Pequena cidade encrustada na serra.
25 – PADRE CARVALHO (Cidade pequena).
Depois do Rio Vacaria, que é afluente do Rio Jequitinhonha. A cidade pertence ao vale do Jequitinhonha.
Cruzando esta pequena cidade de Padre Carvalho, eu a fiquei curioso, pois a achei muito limpa, e simpático. Paramos e fomos comer alguma coisa e conversar com pessoas. Às vezes temos dó destas pessoas, pela sua simplicidade. Do meu ponto de vista, hoje, é um grande engano.
Morar nos bairros violentos das grandes cidades, sim. Dá um dó! O que falar dos monstruosos bairros das cidades. As pessoas não se conhecem, não se respeitam, as portas sempre trancadas.
Olha o centro da cidade, limpo. Ao lado da igreja toda enfeitada de bandeirinhas para a festa da noite. Fomos convidados para a festividade, mas, tínhamos muito que andar!
As ruas praticamente vazias. Onde está o povo? Perguntei: O pessoal doutor está tudo esparramado pelos 4 milhões de pinheiros do município colhendo resina, que igual ao látex da borracha, dá muito dinheiro por aqui.
Aí está o ouro branco da cidadezinha, onde todos vão trabalhar, e ganhar honestamente a vida. Antigamente quem pegava as pepitas de ouro, muitíssimo pouco ganhavam com isso. Todo o ouro ia para os reis e os nobres do poder.
26 – Povoado Rubelito Júlio Garcia. (Região de Serras – Espinhaço).
27 – SALINAS – Estrada passa ao Norte.
Salinas Mg. Sua população, conforme estimativas do IBGE de 2018, era de 41 349 habitantes. O município é conhecido pela qualidade do [requeijão] e da carne de sol, pelas tradições, pelo folclore e pela produção agropecuária. Mas nada lhe dá mais notoriedade do que as suas famosas cachaças.
História: O desbravamento da região de Salinas se deu inicialmente através do Caminho da Bahia. Com a descoberta do sal, produto escasso e muito valioso na época, expandiu-se a criação de gado e começaram a surgir as primeiras casas na região, por volta de 1711, tornando-se um povoado da Comarca do Serro Frio em 1720. O clima de Salinas se caracteriza pelo semiárido, com temperaturas elevadas e uma estação das chuvas compreendida entre outubro e março.
28 – ENTRONCAMENTO COM A BR-116.
Neste ponto é o encontro de duas importantíssimas rodovias a BR-365 com a BR-116.
A primeiro sentido Este X Oeste e a segundo Norte X Sul.
DESTE ENTRONCAMENTO ATÉ FEIRA DE SANTANA = 516 Km
Esta é a rota da cidade de Divisa Alegre até Feira de Santana, com as principais cidades que passaremos.
29 – Divisa Alegre. Benvindo a Baia.
Divisa Alegre é um município brasileira do estado de Minas Gerais, emancipado em 1995. Está localizado no norte de Minas Gerais, na microrregião de Salinas e compõe com outros municípios o Alto Rio Pardo, próximo à divisa de Minas Gerais e Bahia.
Realmente esta pequena cidade é um marco na divisa dos grandes estados, Minas Gerais e a Bahia.
30 – CÂNDIDO SALES.BA.
O território de Cândido Sales que integrava o município de Vitória da Conquista, teve a sua origem na metade do século XIX, com o povoamento por fazendeiros que ali se estabeleceram, formando o povoado Porto de Santa Cruz.
A noite tivemos uma experiência muito boa nesta cidade. Primeiro que hospedamos em uma pousa bem nova que ficava ao lado direito da pista, mas a cidade, ficava do outro lado. Para irmos ao restaurante, tivemos que atravessar a Br-116, o movimento não para, ficamos ressabiados e fomos chegando.
No meio da pista, estavam dois vendedores de milho assado, ele nos viu, e com a maior autoridade, deu sinal para as conduções maneirarem pois tinha quem iria passar. Assim aconteceu, passamos tranquilos, pois os motoristas respeitaram o sinal dos vendedores.
Chegamos em uma pracinha com direito a coreto e música. Achamos um bom restante com uma comida muito boa. Valeu a pena. Este Brasil é uma caixa de surpresas.
Saímos no outro dia mais tarde, lá pelas 10:00h. dormimos muito, pois tudo estava em silêncio Graças a Deus. Quando pegamos a rodovia, sentimos o tráfego muito pesado, não era para menos uns 15 Km subindo a primeira serra um desastre.
Um caminhão atravessado, bem pensamos não muito grave. Devagar fomos passando, a Any deu um grito ao olhar para o lado. O caminhão havia passado sobre um carro com uma família dentro, todos estavam mortos com certeza. Havia polícia técnica, para todo o lado. Foi um balde de água fria em nosso viajem, o medo invadiu nossa mente. Any logo disse, vamos voltar de avião e despachar a caminhonete em uma cegonha.
Seguimos mais de 50 Km em silêncio, prestando atenção em tudo.
31 – VITÓRIA DA CONQUISTA.
Vitória da Conquista é um município brasileiro do estado da Bahia. Sua população, conforme o IBGE, em 2018 era de 338 885 habitantes, o que faz dela a terceira maior cidade do estado.
O território onde hoje está localizado o Município de Vitória da Conquista foi habitado pelos povos indígenas Mongóis, subgrupo Camacãs, Ymborés (ou Aimorés) e em menor escala os Pataxós. Os aldeamentos se espalhavam por uma extensa faixa, conhecida como Sertão da Ressaca, que vai das margens do alto Rio Pardo até o médio Rio das Contas.
Em Vitória da Conquista a Br-116, corta a cidade, muito cuidado, ficar sempre a direita nos trevos.
O município de Vitória da Conquista caracteriza-se por apresentar uma vegetação muito heterogênea. O município é considerado uma área de transição ecológica entre região úmida e semiárida. Na parte ocidental da cidade observam-se extratos de Caatinga, bioma característico da região semiárida. Na direção oeste, por sua vez, se encontra predominância de vegetação arbustiva e herbácea. No extremo norte a região é caracteristicamente seca.
Existem períodos que este rio fica com muito pouca água nas secas.
O rio Pardo é um curso de água que banha os estados de Minas Gerais e Bahia, no Brasil. Nasce na serra das Almas, no município mineiro de Rio Pardo de Minas, percorrendo 565 km até sua foz no Oceano Atlântico em Canavieiras, no litoral baiano, a 18 km da foz do rio Jequitinhonha.
Existem muitos estudos geológicos destes solos da Bahia. Estas pedras que por vezes despontam, remontam a épocas geológicas de milhões de anos. Quando se caminha para o interior baiano, chega-se por exemplo a famosa cidade de LENÇÕES, que seria o ponto de referência do Parque Nacional da Chapada da Diamantina. Estas áreas necessitam de serem vistas e estudadas, pois trazem não somente a história da geologia desta imensa área, como achados de pinturas rupestres em cavernas, mostrando que há mais de 10.000 anos povos primitivos habitavam toda a região.
Devido a topografia da região, vem o nome da próxima cidade: PLANALTO.
32 – Planalto.
A rodovia BR-116, como veremos, e o mapa mostra, passa dentro da cidade.
Planalto é um município brasileiro do estado da Bahia, distante da capital, Salvador 477 km, pela rodovia BR-116, na microrregião de Vitória da Conquista. A economia da cidade é baseada na agricultura, principalmente na produção de café.
A rodovia passa dentro da cidade, onde encontramos uma bela avenida de palmeiras imperiais. E muito comum nestas passagens, nas lombadas, vendedores oferecendo, coisas típicas: No caso umbu, uma fruta típica da região.
Como disse a geologia da região é de transição, cerrado alto, baixo, mata em nascentes, e já traços da caatinga, do semiárido.
33 – Poções.
Poções, Ba – Sua população estimada em 2017, é de 48 861 habitantes. Está localizada numa depressão em forma de bacia. O centro comercial situa-se na parte baixa, enquanto na parte alta concentram-se as residências. Vários bairros compõem a sede municipal.
Toda a água disponível na cidade vem da chamada “Barragem de Morrinhos”, que nasce no Rio das Mulheres, e tem por finalidade abastecer a cidade e alguns municípios próximos. A barragem foi construída pelo Departamento Nacional de Obras Contra as Secas, na década de 1950; a mesma está situada no distrito de Morrinhos, daí o nome.
A estrada depois de Poções apresenta uma região de Serras e curvas, com isso o grande movimento dos grandes caminhões torna a viajem mais perigosa.
34 – JEQUIÉ. – Ponte: RIO DAS CONTAS.
Fotos do Google.
Jequié é um município brasileiro do estado da Bahia. Está a 365 km de Salvador, no sudoeste da Bahia, na zona limítrofe entre a caatinga e a zona da mata. Em 2018 a cidade tinha uma população estimada em 155 800 habitantes. Jequié abastecia as regiões Sudeste e Sudoeste da Bahia, assim como a bacia do Rio de Contas. Com sua crescente importância como centro de comércio, a cidade cresce então linearmente às margens do Rio de Contas que, na época, era mais volumoso e estreito, e cercado por uma extensa mata. A palavra Jequié deriva do Tupi, JEQUI: cesto afunilado, usado como armadilha para peixes.
Passa ao lado Sul da cidade o Rio das Contas, que sempre foi muito importante para a economia da cidade, como uma via fluvial para as pequenas embarcações.
Pelo curso navegável do Rio de Contas, pequenas embarcações desciam transportando hortifrutigranjeiros e outros produtos de subsistência. No povoado, os mascates iam de porta em porta vendendo toalhas, rendas, tecidos e outros artigos trazidos de cidades maiores. Tropeiros chegavam igualmente a Jequié carregando seus produtos em lombo de burro. O principal ponto de revenda das mercadorias de canoeiros, mascates e tropeiros deu origem à atual Praça Luís Viana. Ali veio a desenvolver-se a primeira feira livre da cidade que, a partir de 1885, ganhou mais organização com a decisão dos comerciantes italianos: Por comprarem todo o excedente dos canoeiros e de outros produtores que chegavam no rioque .
Rio das Contas, cujo nome correto seria rio de Contas, NASCE NA SERRA DA TROMBA. Serra da Tromba é uma serra localizada no estado da Bahia, entre os municípios de Abaíra e Piatã e faz parte da Chapada Diamantina. Em Jequié é foi erguida a Barragem da Pedra. O rio tem 846 Km de comprimento e desagua no Oceano Atlântico.
É uma bela e próspera cidade. Topograficamente ela é rodeada de montanhas, de média altitude, mas exige um traçado especial das estradas que cruzam seu município.
Estas serras da grande Chapada da Diamantina, tem em suas entranhas rochosas, contam histórias de várias épocas passadas, envolvendo bilhões de anos. E como uma mãe pródiga, ela dá origem a milhares de minas de pura água, que formam dezenas de mananciais, que se tornam rios, que abastem cidades, águas estas que nem sempre são respeitadas, na maioria das vezes, são poluídas, contaminadas, matando impiedosamente sua vida.
Aí esta a bela pista de pouso de Jequié, decolando desta cabeceira, iremos na direção de nossa viagem para Para Feira de Santa.
35 – Boa Sorte. (BA).
É um povoado com um pouco mais de dois milhares de pessoas, mas tudo muito limpo. Contudo o movimento da estrada torna a passagem um pouco dificultosa.
36 – Milagres.
A estrada nesta região é digna de ser apreciada, pois é um planalto onde montes de pedra, formando montanhas, se dispersam aleatoriamente por todo trajeto. Assim a rodovia como uma faixa negra, vai contornando estas formações, nos propiciando a cada quilômetro uma visão diferente. O movimento de grandes caminhões não para nunca, assim somente podemos ver isso nas fotografias que tiramos, depois da viajem feita.
Assim são as cidades cortadas pela rodovia, tudo se constrói ao lado da estrada. O padrão é o mesmo, tudo muito limpo e as pessoas, que vivem do movimento da via, nos tratam sempre muito bem. A cidade é limitada por montanhas, o cheiro da fumaça dos grandes motores, ao arrancarem das lombadas, tornam, estas travessias quase comuns: A visão dos conjuntos semelhantes, as casas, os postos de abastecimento, a natureza do solo claro arenoso com pequenos cascalhos e as pousadas. Hoje se não fossem as fotografias não saberia declinar o nome das pequenas cidades que passamos.
Milagres é um município brasileiro do estado da Bahia. Está a uma altitude de 419 metros. Sua população: 10.306 habitantes. Foto Google.
Ao sair da cidade de Milagres, sabíamos, por informações que a noite haveria uma festa neste lugar. A fotografia não traduz o lugar: Incrível é uma imensa pedra magmática, provavelmente onde as pessoas construíram na rocha os lugares: para rezar, bares, áreas para festejar. Tudo enfeitado com bandeirinhas, só felicidade em Milagres da Bahia, salve nossos irmãos baianos.
Saindo da cidade a visão parecia um milagre mesmo, a grande reta ladeada por duas montanhas, delimitando e dando profundidade ao espaço à frente. Na montanha da esquerda havia uma grande gruta, o que seria? Ficamos maravilhados.
Nesta pedra lá no alto está o nome da próxima cidade ITATIM
Parece que os baianos ouviram eu dizer que muitas cidades não tinham placas com o nome da cidade. Este pessoal de ITATIM, escutou e colocou um imenso nome da próxima cidade, dentro de uma grande caverna em uma imensa base, a montanha!
Não podemos deixar de imaginar a história geológica de um matacão imenso com este: No seu início um bolsão de magma a mais de milhares de graus Célsius, derretido e em ebulição em um bolsão nas entranhas da Terra. Pressões imensas sobre esta massa ígnea. Depois de milhares de anos, o endurecimento. As massas das placas tectônicas, migram pelo globo terrestre em direção ao poente. Isso ocorreu a bilhões de anos. Mas depois de aproximadamente, segundo estudos geológicos, 600.000 milhões de anos este matacão, saindo de onde hoje é o continente africano, chega dentro, no interior da Terra, na região onde ele está hoje. Aí começa um processo lento de erosão, todo o solo que estava sobre ele vai sendo levado, pelas águas e pelos ventos.
Também o solo se eleva, em virtude do encontro ciclópico, da placa tectônica de Nasca do Pacífico, com a Placa do Atlântico, tudo se eleva na América do Sul.
Depois de milhões de anos estas formações, matacões, serras e chapadas e elevam no espaço, atestado com sua presença sua história geológica. Nesta região das cidades de: Milagres, Jequié, Paraguaçu até Feira de Santana, seguindo em direção a Oeste, podemos ver a maravilhosa Chapada da Diamantina que é o atestado de toda esta História fascinante de nossa Terra, um planeta vivo.
A frente à cidade de Itatim. Antes da entrada o nome. Mas antes de chegarmos, quilômetros, de barracas de vendedores de todos produtos feitos nestas regiões.
A forma desta pedra é bastante discutível.
Em função do clima semiárido da região onde se encontra, a vegetação da Caatinga costuma ser bastante adaptada, árvores de cascas grossas para proteção, com espinhos e pouquíssimas folhas. No entanto, quando ocorrem as chuvas, ela se transforma rapidamente, ganhando um aspecto diferenciado, com árvores cobertas de folhas e pequenas plantas forrando o chão.
A vegetação é formada por plantas adaptadas ao clima seco, em que ocorrem poucas chuvas. As principais espécies são o Mandacaru, o Xique-xique, a Aroeira e a Braúna. As únicas árvores que não perdem as suas folhas durante o intenso calor são o Juazeiro e alguns tipos de palmeiras, por exemplo a palmeira carnaúba, pois suas raízes conseguem encontrar água no subsolo.
Fotos do Google.
XIQUE – XIQUE MANDACARU.
36 – Ponte no Rio Paraguaçu.
Hidrografia: recursos hídricos da cidade pertencem à bacia hidrográfica do Paraguaçu. Todos esses mananciais são temporários em virtude da grande evaporação nesses solos e o baixo volume pluviométrico, ocasionando longos períodos de estiagem. Apenas a sede possui água encanada vinda do rio Paraguaçu.
O rio Paraguaçu é um curso de água que banha o estado da Bahia. É o maior rio genuinamente baiano. Suas nascentes são diamantíferas, suas margens são férteis, é muito piscoso em toda a sua extensão e é navegável das cidades que banha até sua foz. Já foi a principal via de transporte e comunicação de toda a região.
Tem aproximadamente 600Km de extensão.
Nasce no Morro do Ouro, na Serra do Cocal e desemboca na Baia de Todos os Santos.
Tivemos passeando pela Baia de Todos os Santos, tudo é muito grande e complexo, Ilha dos Castelhanos, Itaparica, mas não vimos a foz do Rio Paraguaçu. (Foto Google).
37 – FEIRA DE SANTANA.
Feira de Santana é um município brasileiro no interior do estado da Bahia, Região Nordeste do país. É a cidade-sede da Região Metropolitana de Feira de Santana e encontra-se localizada no centro-norte baiano, a 108 quilômetros da capital estadual, com a qual se liga através da BR-324.
Localizada em uma zona de transição entre a Zona da Mata e o Agreste, a cidade ganhou de Ruy Barbosa, o Águia de Haia, a alcunha de “Princesa do Sertão”.
Feira de Santana comumente é apelidada de FEIRA. É a maior cidade do interior das regiões Norte. É a sexta maior cidade do interior, e com uma população maior que oito capitais estaduais. Feira de Santana é uma cidade consolidada no vale do Rio Jacuípe, na borda ocidental do Recôncavo, a leste dos planaltos semiáridos. O distrito do centro de Feira de Santana está localizado imediatamente a leste da confluência dos planaltos acidentados com o Rio Jacuípe e as planícies que se limitam com a zona da mata a leste, a cerca de 45 km de distância do Oceano Atlântico.
Feira de Santana é o principal centro urbano, político, educacional, tecnológico, econômico, imobiliário, industrial, financeiro, administrativo, cultural e comercial do interior da Bahia e um dos principais do Nordeste, exercendo influência sobre centenas de municípios do estado. Além de maior, é também a principal e mais influente cidade do interior da região Nordeste.
A cidade está a uma altitude de 234 metros. Sua população é de 609 913 habitantes.
O anel viário de Feira de Santana é uma perfeita circunferência, ao redor da cidade. Contudo, nada pude documentar pois o movimento é muito grande de carros, caminhões, motos, e as casas, lojas, postos de abastecimentos, indústrias, são muito próximas a estrada, assim contornar o círculo, para saber onde sair para Salvador nos tomou toda a atenção.
Faz aproximadamente 40 anos, que vindo de Ribeirão Preto, passei por esta cidade, também com destino a Salvador. Quase nem me lembro, exatamente como era, apenas, o que sei é por um slide que vi desta rua na passagem. Tem a parte da frente do carro, Chevrolet Comodoro, que eu estava e a rua. Poucos automóveis passando, e o interessante uma carrocinha puxada por um jumentinho.
Hoje é uma cidade muito grande, seu desenvolvimento foi incrível, assim, não tem mais condições de passamos por ela, foi feito um anel viário para contornar a cidade, e trevos, para todas as rodovias que chegam e saem dela, e são muitas, em todos sentidos da Rosa do Ventos.
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No trajeto todo de mais de 20 Km, somente esta obra nos chamou a atenção. Ela é muito grande e muito alta, será uma caixa d´água? Achamos a saída, e partimos rumo a Salvador.
FEIRA DE SANTANA – SALVADOR = 124Km. Br-324.
Mapa de Feira de Santa para Salvador (Google).
CIDADES: Segue rodovia a BR-324.
39 – AMÉLIA RODRIGUES. 40 – PASSAGEM DOS TEIXEIRAS. 41 – SIMÕES FILHO. 42 – PIRAJÁ.
43 – SALVADOR – BA.
Nosso destino: HOTEL VILA GALÉ SALVADOR – MORRO ESCRAVO MIGUEL, 320 – ONDINA.
Olhando a fotografia do Google, pode-se notar a dificuldade do trânsito desta grande e vetusta capital. A leste o grande Oceano Atlântico, ao Sul a Baia de Todos os Santos.
Rumo ao destino:
Depois de Feira de Santana a estrada ficou pista dupla, muito movimentada, parecia que as cidades não acabavam uma era emendada na outra. Muitas casas, firmas, caminhões, carros em grande velocidade, sabiam dos radares, e logicamente diminuíam a velocidade ao passar por eles
Passei pelo trevo da Br-101, que seguia para o norte Aracaju, para o Sul, Cabrália, Monte Paschoal. Tantas cidades, muitos lugares, passei pelas cidades de: Amélia Rodrigues, Passagem dos Teixeiras e Simão Filho.
Chegamos à noite em Salvador nos guiando pelo GPS do Mylink S-10, muitos trevos, ruas, já perto do hotel uma rua impedida, deu um pouco de trabalho, mas chegamos Hotel Vila Galé Salvador, depois de 1880 Km.
Alegria da chegada.
Subimos para o quarto, de onde pudemos ouvir o mar, onde ondas estourando nas pedras, faziam um grande ruído branco das águas, que nos emocionou muito. Mesmo com pouca luminosidade, podíamos ver o mar agitado pela ressaca que estava ocorrendo. Estávamos ouvindo e imaginando o mar aberto, o Oceano Atlântico, se abrindo antes da entrada da Baia de Todos os Santos, muita emoção depois da longa e feliz viagem, uma aventura mesmo.
NO DIA SEGUINTE TIRAMOS PARA CONHECER OS PONTOS HISTÓRICOS DE SALVADOR.
O lugar do restaurante é muito bonito, o atendimento de primeira. E pode-se tomar o café da manhã vendo e ouvindo o “marzão”.
No primeiro dia tiramos para conhecer Salvador. Aqui vendo o mar azul, bem ao longe uma embarcação cruza as águas, às vezes sumindo nas grandes ondas, o mar estava revolto, havia ressaca em toda a região.
No primeiro dia pegamos um UBER, e fomos conhecer a cidade de Salvador, são tantos lugares Históricos, que queríamos localizar bem antes de sair com o guia para vemos os detalhes.
A HISTÓRIA DA CIDADE DE SALVADOR MERECE SER LEMBRADA, PELA SUA IMPORTÂNCIA PARA O BRASIL.
Por volta do ano 1000, os índios tapuias que habitavam a região do atual município de Salvador foram expulsos para o interior do continente por povos tupis procedentes da Amazônia. No século XVI, quando chegaram os primeiros europeus à região, a mesma era habitada por um desses povos tupis, os tupinambás. Em 1 de novembro de 1501, Américo Vespúcio, a expedição descobriu a Baía de Todos-os-Santos, assim nomeada na carta cartográfica, dado ser o Dia de Todos-os-Santos.
Primeiro brasão de armas da cidade de Salvador, em meados do século XVII.
Tomé de Souza, em 29 de março de 1549, funda a cidade de São Salvador, por ordem do Rei de Portugal. O segundo governador foi Duarte da Costa, que trouxe os jesuítas entre eles José de Anchieta. Em 1572 foi nomeado governador, Mem de Sá, o terceiro governador, que muito contribuiu para o progresso da cidade e da colônia.
Vista de Salvador, na Bahia, em 1875.
Na década de 1990, houve um grande projeto para tornar a cidade limpa e restaurar o antigo centro da cidade, o Pelourinho (também chamado Centro Histórico). Atualmente, o Pelourinho é um grande centro cultural e o coração da grade turística de Salvador. No entanto, esta profilaxia social resultou numa remoção forçada de milhares de residentes da classe trabalhadora para a periferia da cidade, onde eles têm encontrado dificuldades econômicas significativas.
O Elevador Lacerda é o primeiro elevador urbano da América do Sul. Em 8 de dezembro de 1873, quando foi inaugurado, era o mais alto do mundo, com 63 metros. Localizado na cidade de Salvador, Bahia, cumpre a função de transporte público entre a Praça Cairu, na Cidade Baixa, e a Praça Tomé de Sousa, na Cidade Alta.
Origem e Construção: Idealizado pelos irmãos Antônio de Lacerda e Augusto Frederico de Lacerda, o então chamado Elevador Hidráulico da Conceição – primeiro nome do Elevador Lacerda, construído a partir de 1869 e inaugurado em 1873 com apenas uma torre e dois elevadores, teve como principal objetivo facilitar o transporte de mercadorias, estas que anteriormente eram feitas por meio de guindastes, e também para o deslocamento da população, e com isso acelerar o progresso que acontecia ao sul da cidade.
Um dos principais pontos turísticos no Centro Histórico de Salvador, o Elevador Lacerda proporciona ao visitante uma bela vista da Baía de Todos-os-Santos, a partir da Praça Tomé de Sousa localizada na Cidade Alta e acesso ao cultural Pelourinho. Na Cidade Baixa, onde o acesso se dá pela Praça Cayru, está localizado o centro comercial e financeiro da região.
Na cidade baixa, esta praça que tem o nome do Visconde Caiuru, está a entrada do elevador, e a frente o Mercado Modelo.
As opções do Mercado Modelo são inúmeras, a Any ficou mais de 2 horas, vendo as coisas, tudo que a Bahia tem, existe lá no mercado. Um movimento extraordinário.
Dei umas voltas, depois parei, perto de uma loja que vende equipamentos para as músicas baianas, me distraí vendo os vendedores tocarem todos tipos de ritmos, nos berimbaus, atabaques, entre tantos outros.
A quantidade de coisas que existem é indescritível.
Paga-se apenas 0,15 centavos para subir pelo elevador.
Do alto do elevador, na cidade alta, a visão é magnífica. O tempo estava nublado e não foi possível uma bela foto, mas a visão é maravilhosa, o mar azul se perde nas distâncias do horizonte e o azul do mar dá contorno às embarcações e as marinas, entre outras estruturas.
Na saída do elevador, pudemos observar esta maravilha, as embarcações aportadas, o oceano com alguns grandes navios entrando na baia, era lindo demais.
A visão da cidade alta, olhando para a Baia, nos dá uma ideia como tudo na natureza é muito bonito, Tomé de Souza, o terceiro governador do Brasil colônia, soube escolher o lugar, onde estamos. A praça tem seu nome.
Forte São Marcelo, ao longe, foi erguido sobre um pequeno banco de arrecifes a cerca de 300 metros da costa, fronteiro ao centro histórico da cidade, destaca-se por se encontrar dentro das águas, e ser o único de planta circular no país.
Praça e estátua de Tomé de Souza.
FRENTE A PRAÇA, COM VISTAS PARA A BAIA.
PALÁCIO RIO BRANCO, PRAÇA MEM DE SÁ.
Igreja e Convento de São Francisco.
A Igreja e Convento de São Francisco são importantes edificações históricas da cidade de Salvador. Localizadas no coração da cidade, as estruturas foram erguidas entre os séculos XVII e XVIII e são consideradas uma das mais singulares e ricas expressões do barroco brasileiro, apresentando, em especial a igreja, uma faustosa decoração interior. Foram tombadas pelo Iphan, classificadas como uma das Sete Maravilhas de Origem Portuguesa no Mundo, e fazem parte do Centro Histórico de Salvador, que hoje é Patrimônio da Humanidade.
Realmente quando nós entramos na igreja, sabendo que é a que tem mais ouro, entre todas as igrejas do Brasil, calculado em 800 Kg, em suas decorações, santos e altares, sentimos como eram os velhos tempos. A religiosidade, a abundância do ouro, e principalmente os artistas que se dedicavam a meticulosamente realizar estas obras sacras e artísticas.
Ficamos extasiados com este altar, mas são muitos, incluindo o púlpito que é de uma riqueza de detalhes inacreditável.
Ao redor de todo o pátio, existem dezenas de “ladrilhos” portugueses, que formam quadros como este, todos relacionados a um conceito filosófico importante, exemplos: Riqueza, Avareza, Guerra, Saber, Medicina, Aristocracia, Escravidão, entre tantos outros.
Tirei esta fotografia desta preciosidade, feita em azulejos portugueses, pois foi feito em homenagem à filosofia na pessoa de: SÓCRATES – Que se tornou um mendigo que habitava as ruas de Atenas, fazendo da pobreza extrema uma virtude; diz-se que teria vivido num grande barril, no lugar de uma casa, e perambulava pelas ruas carregando uma lamparina, durante o dia, alegando estar procurando por um homem honesto.
Ajoelhei pedindo a Deus, homens honestos.
Era chamado de Pelourinho uma praça que possuia uma coluna de pedra ou madeira no centro, um lugar púbrico, onde eram amarrados os delinquentes, bandidos, para o sacrifício.
Em Salvador é chamado de Pelourinho um bairro no centro histórico da cidade, com sede de várias organizações. É o centro histórico pois remonta ao ano de 1548, quando o governador, Mem de Sá, escolheu este lugar alto para construção da cidade.
O bairro é muito complexo com suas histórias, seus costumes. Falaremos mais sobre região voltaremos.
A NOITE CHEGAVA E FOMOS PARA O HOTEL. Vimos no corredor a representação das imagens típicas dos orixás da Bahia.
Oxalá, Orixalá, Gunocô ou Obatalá é o orixá associado à criação do mundo e da espécie humana.
Oxum é um orixá, é a rainha da água doce, dona dos rios e cachoeiras, cultuada no candomblé e também na umbanda, religiões de origem africana. Oxum é a segunda esposa de Xangô e representa a sabedoria e o poder feminino. Além disso, é vista como deusa do ouro e do jogo de búzios.
Oxóssi é uma divindade das religiões africanas, também conhecida como orixá, que representa o conhecimento e as florestas.
Estas imagens são importantes para a Bahia.
Depois de um excelente jantar, onde fomos até cumprimentados pelo master chef, do restaurante o que nos deixou felizes com o atendimento.
No outro dia, o sol iluminava as ondas, que impulsionadas pelo forte vento Sudeste, levantavam grandes ondas brancas nas negras pedra de granito.
Depois do café da manhã, saímos em excursão para conhecermos melhor a capital Salvador.
Logo depois que chegamos de São Salvador, a irmã Dulce foi canonizada pelo Papa. Foi uma grande festa religiosa por toda a cidade, pois uma santa brasileira e baiana, é um acontecimento muito bem vindo para este Brasil injustiçado pelos políticos brasileiros.
A caminho da Igreja do Bom Fim, passamos por uma longa construção que funcionava para atendimento dos pobres e necessitados. O importante que há décadas passadas este movimento, foi iniciado pela Irmã Dulce, que hoje está para ser canonizada, como uma Santa da Bahia.
Um monumento muito bonito, relembrando os feitos de irmã Dulce, hoje uma Santa canonizada pelo Papa.
A Igreja Nosso Senhor do Bonfim é um templo católico localizado na Sagrada Colina, na península de Itapagipe, em Salvador. É lá que são distribuídas as famosas fitinhas do Bonfim. Igreja de Nosso Senhor do Bonfim não é a mais bonita, mas com certeza, é a mais famosa de Salvador em função da tradicional “Lavagem do Bonfim”, comemoração marcada pelas baianas jogando água nos degraus do templo em uma festa que dura o dia inteiro, animada por blocos de afoxé.
Any ficou muito impressionada com o número de fitinhas de Bom Fim, havia muros e paredes repletas de fitas, uma religiosidade impressionante.
A igreja, como tantas outras, são obras de arte e adoração, à fé cristã.
FACULDADE de Medicina da BAHIA da Universidade Federal da Bahia.
Foi fundada em 1808, quando a família real portuguesa veio para o Brasil.
Parei no majestoso prédio para prestar uma homenagem ao meu avô, o famoso Dr. Narciso, médico que durante sua vida prestou relevante serviço a todas pessoas na cidade de Casa Branca, SP. Como professor titular da universidade, solicitei ao porteiro deixar eu conhecer o interior da vetusta faculdade onde meu avô havia formado no século retrasado, 1890.
Mas, o porteiro não permitiu de maneira nenhuma! Teria que pedir ordem na reitoria por E-mail, e depois com o documento sim, eu poderia entrar. Bem ele estava cumprindo ordem, não argumentei mais. Poucos sabem separar o joio do trigo, e perdem a oportunidade de serem amáveis.
Busquei na internet:
Dicionário Biográfico de Médicos de Sergipe – Academia Sergipana.
academiasergipanamedicina.com.br/dicionariomedico/dicionario.php?id…
Dr. Narciso da Silva Marques, meu avô, formou-se pela Faculdade de Medicina da Bahia em 15 de dezembro de … em Laranjeiras/SE, filho de Narciso da Silva Marques e Antônia Benta da Glória. Formado, regressou para sua terra natal e foi clinicar em Rosário do Catete.
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Hoje dia 25-07-2019 – último dia em Salvador.
O chofer do Uber vendo minha tristeza, com o Jardim de Alá, resolveu entrar dentro da área para eu ter uma impressão melhor. Valeu, pois, com esta visão, pode ver muito mais coqueiros, fiquei feliz, ainda resta esperança nas praias.
Continuamos caminhando pela estrada beira mar, sim muito movimento, muita gente, curtindo um pouquinho o sol do meio dia.
A Praia do Flamengo é realmente uma praia das mais lindas da cidade de Salvador. Situada em Stella Maris, fica próxima à divisa de Salvador com o município de Lauro de Freitas. Muito frequentada, possui muitos coqueiros, areia amarelada e arrecifes, que provocam ondas fortes, boas para o surfe, também são comuns as práticas de caminhada, pesca, pesca de mergulho.
Este era o Restaurante onde descemos, e fomos encaminhados para uma barraca bem confortável na praia ao lado, das aglomerações.
Estou em preparo para mais idade, será, que darei conta? Somente Deus é quem sabe, sobre nossa existência neste universo infinito. Nossa mente se perde, pensando, de onde viemos? Para onde iremos?
O garçom veio nos oferecer, comida e bebida, por sinal tudo com muito jeito. Mas o que chamou a atenção foi um senhor que estava com ele, e tinha dependurado na roupa esta pequenina iguana verde. Provavelmente queria vende-la, mas…
Iguana é um gênero de réptil da família Iguanidae. As espécies deste gênero ocorrem em regiões tropicais da América Central, América do Sul e Caribe. Os iguanas têm hábitos arborícolas.
Na realidade o homem queria vender este animalzinho. Tem muita gente que compra. Ele queria 30,00 reais por ela. Depois de muita conversa da Any com ele, ela ofereceu, 50,00 reais, mas para ele soltar no mato. Ele ficou ressabiado pela proposta. Depois animou, com um brilho nos olhos.
Impus uma condição, queríamos vê-lo soltar o animal, o brilho dos olhos, deu um pouco de “luz baixa”, mas ele concordou. Fiquei observando ele atravessar a pista e ir ao matagal soltar o animalzinho. Voltou com a cabeça baixa.
O garçom nos trouxe um belíssimo prato de camarões que deu gosto. Estava muito saboroso, valeu a pena, saborear este prato, vendo a praia, o mar azul e a brisa refrescante.
De repente, o tempo mudou completamente, tivemos que correr da praia debaixo de chuva. A viagem da praia para o hotel também foi chuvosa.
No hotel, depois do banho e um descanso fomos para nosso último jantar.
Sim são momentos comuns, mas o foi para nós, que vimos em profundidade a primeira capital do Brasil, com todo seu rico histórico, muita emoção e conhecimento. Além do mais, estávamos a 1.890 Km de casa, e no outro dia iniciaríamos a grande volta, como veremos.
Antes de irmos para o quarto, fomos ver a galeria do hotel, lá havia muitos quadros, maravilhosos e algumas fotografias de montagem de óperas.
No outro dia antes de sairmos, fomos olhar novamente a parte externa na área de laser, para recordações.
Esta era a visão do apartamento, creio que sentirei saudade, desta visão, dos sons das ondas lutando com as rochas da costa, e principalmente dos navios cruzando o horizonte, buscando o porto na Baia de São Salvador.
A REGIÃO TOTA É DA ONDINA. Mesmo o dia estado nublado, tudo era muito bonito, nesta área da beira mar.
Este é o belo hotel que ficamos hospedados, no quarto andar, com vista para todo Oceano Atlântico. Realmente vale a pena uma viagem desta. Amigos, conheçam o Brasil, ele é maravilhoso, por todos os pontos cardeais do mapa.
Saindo de Salvador, do hotel praticamente, passamos pela Praças das Gordinha. E por milagre, nosso hotel está refletido no retrovisor da caminhonete. A última imagem do Vila Galé.
Mesmo com 2 GPS, do Link da S-10, e do meu inseparável GPS 276-C, mostrando a rota da saída para a Br, contratei um Uber para nos guiar até a pista, pois o número de trevos, rotatórias confusas, linhas de Metrôs e trânsito, não me senti seguro, sei que poderia errar logo na saída.
Avenida super movimentada, todos na correria, a placa bem alta, apenas tive tempo de fotografar, pois não estava guiando. E incrível todas indicam o mesmo sentido, que será definido, pouco à frente em uma pequena e movimentada rotatória.
Acredito que um motorista mais experiente, com o celular não teria dificuldade em sair de Salvador. Talvez eu estivesse um pouco despreparado, pois tenho andando muito pela região sudeste e oeste.
Chegamos na Br-324 para Feira de Santana, seriam 120 Km. Partimos tranquilos, pois estávamos muito felizes e preparado para a aventura da volta.
DESPEDINDO DE SÃO SALVADOR.
Não sei bem o porquê, mas eu e Any estávamos tensos para este trecho, era pista dupla, com muitos radares. A grande maioria dos caminhões e carros, deviam conhece-los muito bem, por isso passei apertado. Não podia correr, e as vezes olhava no retrovisor tinha um mostro de um caminhão, grudado em mim, pedindo passagem.
Chovia, o movimento depois de uns 50 Km, aumentou bastante. Era uma correria de todos os condutores, carros, ônibus, e incontáveis caminhões. De repente, todos diminuíam a marcha, se agrupavam, uma longa fila se formava. Lá, bem disfarçado, a explicação: O radar.
Depois sim era a tensão, todos queriam sair correndo, passavam pela direita pela esquerda. Nas descidas cheguei a ter que andar entre dois caminhões a 130 Km/h. E caros passando correndo mais ainda. Francamente não dá para entender mais os radares fixos, para as pessoas que os conhecem precisamente. PARA NÓS VISITANTES DA RODOVIA, TORNAVA-SE UM JOGO DE GATO E RATO, SENDO NÓS NOS SENTIMOS O RATO.
Não via a hora de chegarmos em Feira de Santana. Quando cheguei no anel viário que contorna a cidade, que felicidade. Um movimento incrível, era uma fila, um atrás do outro. Sim fui me acalmando, apesar de tudo, mas quando cheguei a Br-116, fiquei feliz.
Maravilha, a Br-116 depois de Feira de Santana é pista dupla, MAS SEM RADAR AINDA, durante uns 50 quilômetros, até uma pequena cidade. Pela primeira vez pude ligar o piloto automático, a 110 Km/h e desfrutar da viagem, que por sinal, logo depois do Rio Jacuípe, é de vegetação de caatinga aparentemente.
Depois de uns 100 Km, começaram a aparecer as barracas de beira da estrada, vendendo as coisas típicas da região.
Paramos nesta achamos, com razão, ser a maior e a mais organizada.
Fomos muito bem recebidos pelo vendedor, deu aula das coisas para nós. Em primeiro plano as plantas da caatinga, xique-xique, mandacaru, entre tantas outras. Depois as panelas de barro, para cozinhar, por sinal Any comprou duas. Animais em barro, tábuas para corte de carne, em fim uma centena de coisas.
A agreste paisagem da rústica vegetação, contrastava com a silhueta das montanhas em um perfil de contrastes, lá as distâncias são enormes. Lembrei de Guimarães Rosa: “Estes sertões não têm fim, é como um mar que termina nele mesmo”.
Anynha, olhou tudo, ela é sensível, ainda mais que lá pelos fundos da barraca conversou com a típica artesã baiana, esposa ou mãe do vendedor, não saberia dizer. Somente não comprou mais coisas, pois não teríamos onde guardar, com por exemplo, um belo pilão de madeira.
As nuvens cúmulos voltaram a se formarem ao Norte, nossa rota era para o Sul, tranquilo fiquei desfrutando aquele momento. Perguntei ao vendedor o nome do lugar, ele respondeu com um ar vago: Aqui é a região de Santo Estevão, e deu por visto. Partimos em seguida tínhamos chão pela frente.
Depois desta parada, para nos recompor, sentei no volante e peguei a estrada para valer. Queria fazer os 580 Km até o pouso, com muita segurança, sem correr risco, a não ser os inevitáveis que não dependem da gente.
Depois de alguns quilômetros, que podem ser mais de 50 Km, pegamos curvas em uma serra, na subida em alguns lugares tinha a terceira faixa, na maioria não. Depois de subirmos bastante, começaram as curvas em descidas, as piores, pois os caminhoneiros, aproveitam para correr bastante, muito além do limite. Na Br-116, parece que havia radares apenas quando a rodovia passava pelos pequenos lugares.
No fim das descidas, passamos pelo Rio Paraguaçu, já tive oportunidade na ida de falar sobre este rio.
A estrada ficou mais plana e retas longas apareceram, passamos pela cidade de ITATIM. Depois por Milagres, esta cidade nos apareceu muito acolhedora e limpa, um planalto de média altitude, com rochas expostas como havia visto na ida.
Nesta altura da viagem, minha mulher falou sobre comida. Perguntou se eu me lembrava da deliciosa banana baiana, que comemos em um restaurante? A tal banana “rei”, ela queria levar um pouco para casa, mas eu não parei para ela comprar, antes de Vitória da Conquista.
Eu disse, olha bem quando passarmos por algum lugar que tenha esta banana, pode falar que compraremos. Não deu outra ao chegarmos em uma cidadezinha, JEQUIÉ, ela disse: Olho um cacho da banana lá. Brequei imediatamente, por sinal, logo antes de um radar, e voltei para o lugar visto por ela.
Além das frutas, o dono estava com uma churrasqueira, um tambor cortado, do lado de fora do estabelecimento, assando coxas e sobrecoxas de frango, já douradinhas, com um cheiro irresistível, eu com a fome, já muito viajada, fiquei de olho.
O frango estava uma delícia, e churrasqueira dele cheia. Até admirei, mas logo percebi o motivo. Primeiro parou uma grande carreta ao lado do estabelecimento, o chover já entrou, sentou na mesinha e fez um belo prato no self-serve, que eu não tinha visto ao fundo. Comi mais uma, depois outra, muito boas.
Tinha uma senhora ao lado, que ofereceu o almoço. Aceitamos, uma comida caseira, muito limpa e deliciosa. É a parada, de privilegiados, que sabem onde está a boa comida.
Saímos de Jequié, teríamos 260 Km pela frente até Candido Salles onde pretendíamos pousar. Antes teríamos que passar por Vitória da Conquista.
Any feliz pois chegamos na “boca da noite” para pouso em Cândido Salles, na pousada Abaetté.
A surpresa nesta pousa foi a comida de primeira e o preço, do jantar e do pouso 60,00 reais.
Esta fotografia não está boa, mas é importante. É do MYLINK da caminhonete mostrando: 1°- a temperatura fora é de 22°C. 2° Vamos acessar a BR-251, a 24 Km à frente. 3° São 12:11 minutos. 4° Estamos a 24 Km para o trevo, onde a direita devemos entrar na rodovia Br-251, destino Pirapora. 5° Estamos a 1.200 Km do destino, isto é nossa casa em Ribeirão Preto. 6° Depois que saímos do pouso, Cândido Sales, andamos 3:36h. 7° Ainda estamos em uma reta de 15 Km, na Br-116, cujo nome é Rodovia Santos Dumont. No canto inferior esquerdo mostra que o WI-FI da sistema está ligado. (Este é o MyLik).
Mesmo com a chuva forte, e má visibilidade, com as indicações do Mylink e do GPS 276C, não tive dificuldade em achar e fazer o trevo para a rodovia BR-251.
Logo que pegamos o rumo oeste, para Montes Claros, Pirapora, paramos neste posto para abastecimento e um lanchinho, pois era meio tarde e a comida do restaurante já estava viajada também.
De Salinas a Pirapora são 495 Km, sendo 380 é para a travessia da Serra do Espinhaço, no sentido de Este para Oeste, para os amigos estradeiros, é um bom teste de curvas em rampas e descidas, com caminhões no encalço. Atenção na estrada tem que ser total.
Saindo do posto, passando por Salinas, uma cidade importante e bem cuidada.
Realmente o Brasil é um país maravilhoso, onde o homem pode ele produz.
Do alto da serra, o sol declinando no poente, iluminava o grande vale, trassando um quadro de rara beleza.
Os quadros se sucediam, a cada curva uma visão, ao longe uma pequena cidade assinalava a existência de pessoas na imensidão dos espaços.
Os bandeirantes em busca de ouro, caminharam meses, anos, por todos estes sertões. Descreveram Serras Bravias de serem transpostas, e depois chapadões imensos, que por mais que caminhavam, sempre pareciam estar no mesmo espaço. Por vezes os índios, donos da terra, os emboscavam, aí o trovão da pólvora seca dos bacamartes ecoavam pelos grotões, em estrondos, semelhantes a trovões, assustando os “selvagens”. O ouro, o diamante e as pedras preciosas eram a bússola, que os guiavam muito mais selvagemente os “brancos”que os nativos habitantes. E a vida, quanto valia? Não sei dizer, pois um grande número ia e não voltava mais.
Passando Montes Claros, escureceu tudo mesmo. Era a chuva, era o sol se despedindo, a noite chegando. A estrada virou um curvo túnel, somente iluminado pelos faroes em luz baixa, pois a estrada estava com muito movimenta. No alto da serra era até bonito, ver as luzes vermelhas dos carros e caminhões que seguiam pela estrada, envoltos na névoa erguida pelas centenas de pneus, que rodam freneticamente serra a baixo.
Nem vimos passar os 178 Km de distância, devido a atenção que tivemos que prestar na estrada. Somente quando passou o Rio das Velhas, o tempo abriu, e sabíamos estar a 20 Km de Pirapora.
Chegamos no hotel um pouco cansados e com fome. Tomamos um banho e fomos jantar. Uma ótima comida por sinal. Andamos um pouco e fomos dormir.
Atrás do hotel passa o rio, e lá a jusante do hotel pudemos ver a velha ponte de ferro.
Histórias do São Francisco: Primeiro ele nasce na Serra da Canastra a 1650-m de altura. Recebe importantes afluentes. Infelizmente a maioria completamente poluído, um de seus afluentes passa por Belo Horizonte, entre outras tantas cidades.
Na área desta pequena moita de cerrado, nasce em algumas minas, sendo atrás das árvores a principal, o brasileiríssimo Rio Velho Chico, e depois de percorrer 2830 Km, deságua no mar. A nascente está a 9 Km de São Roque de Minas, no alto da Serra da Canastra.
História: Imperador Dom Pedro II e Euclides da Cunha, 1868.
Euclides da Cunha, como militar, engenheiro e escritor, participou ativamente da Guerra de Canudos. E como agrimensor, andou por todo o nordeste, conhecendo profundamente seu relevo e recursos. Da guerra, escreveu seu memoriável livro: OS SERTÕES, escrito em uma pequena casinha de alumínio, na cidade de São José do Rio Pardo, sp., enquanto construía uma ponte, até hoje existente sobre o Rio Pardo.
Sobre Dom Pedro II, os relatos dizem que: O imperador, por volta de 1865, vendo o caudal do Rio São Francisco, e as secas terríveis do Nordeste, teve a primeiríssima ideia de levar águas do São Francisco, para a secura da caatinga. Chamou o engenheiro para ver se a obra era viável?
Pelos conhecimentos e recursos da época, o engenheiro, Euclides da Cunha disse: Excelência é impossível transpor as águas do São Francisco, para o nordeste.
HOJE: Cento e quarenta anos depois, dispondo de milhares de recursos, o governo do presidente Luiz I. Lula, resolver, executar a obra. Digo: Faraônica. Contudo, Euclides da Cunha tinha talvez razão, pois após bilhões gastos, 14 anos de trabalho, a obra está parcialmente abandonada, e a água ainda não chegou ao sertão.
É um momento importante de nossa volta, exitem muitos motivos de alegria mesmo.
Este é um GPS 276C, que levo também no painel da caminhonete, tem alguns recursos que o Mylink da S-10 não tem e vice-versa. Ela mostra nossa rota para casa. Estamos em cima da ponte de Pirapora a 53,6 Km/h. mas o importante é a medida da altitude = 487,6 metros, significa que da nascente até esta ponte ele desceu, praticamente 1200 metros, produzindo energia e vida.
Já viajei muito por todo este Brasil, mas não me lembro de uma vista como esta, tão perfeita, uma pintura mesmo. Adamos mais de 60 Km, com esta visão. O céu azul impecável, coberto por uma sequência de cúmulos de bom tempo, como flocos de algodão lançados do firmamento. E, as terras dos dois lados da estrada, enfeitadas por criteriosas plantações de milho, soja, algodão e cana. Uma riqueza inestimável.
Importante relatar que há 40 anos quando passei por este caminho, rumo ao Rio Paracatu, todas essas terras eram cobertas por um cerrado improdutivo. Tenho certeza, que não precisaremos, derrubar uma única árvore da Amazônia. Pois ainda temos milhares de hectares improdutíveis, por todos os lados para serem aproveitados.
CHEGANDO AO TREVO.
Estamos chegando no importantíssimo cruzamento da Br-040, que vai do Rio de Janeiro, Juiz de Fora, Belo Horizonte, Paracatu, Unai e Brasília.
Este é o trassado da Br-040 no mapa esquemático.
Este é o famoso trevo da Br-040, pois deste ponto, conforme a direção o Brasil se abre a nossa frente. Se pegarmos para o Norte, vamos para Brasília, que não seria o limite. Se continuarmos para o Oeste, seria primeiro, Uberlândia, trevão, seguindo São Simão, Goiás, ou Mato Grosso e dai para a Amazônia.
SEGUIMOS EM FRENTE.
Um planalto cultivado e rico, que se estende milhares de quilômetros â frente. Este é um Chapadão sem fim. Começa praticamente onde estamos e vai até a Bacia Hidrográfica do grande rio Paraná. A placa na estrada sinaliza as distâncias à frente.
Logo à frente chegamos no trevo, da Br-146, com rumo ao Sul, para Araxá.
Logo que iniciamos a estrada que primeiro passa pela cidade de Salitre, as plantações imensas de algodão, já na fase de colheita, enfeitou as terras com as bilhões de plumas brancas. Importante notar no GPS, que saímos de uma altitude de 420 m, e começamos a região da Serra do Salitre, onde o equipamento já assinala uma altitude de 927, 1 m. São esta altitudes, associadas ao clima, que propiciando uma ótima produção de algodão e de café.
Na década de 1950 a 60, meu pai plantava algodão na fazenda. A colheita manual era para os fortes, as “frutas” desabrochadas em fibras, tinham que ser removidas, manualmente. Não era fácil. Muitas mulheres, me lembro bem, eram colhedeiras de algodão, e ganhavam por arrobas colhidas. Elas, como os homens também, se cobriam todos, usavas “polainas” e grossas botinas, panos enrolados nos braços e nas mãos. Não me lembro de luvas, creio que não existiam. Naquele tempo não havia veneno, mata-mato, ou seja herbicidas. E, aí era o sacrifício, no meio do algodual, crescia toda forma de mato, produzindo sementes, que eram verdadeiros acúleos, ferindo, grudando, nos trabalhadores. Eram os chamados: Timbetes, Capim-Carrapicho, Carrapicho de Carneiro, Picão-preto, etc.
Fiquei pensativo ao ler esta matéria no Google, estes espinhos, ainda estão presentes em muitos lugares, onde a colheita manual, é ainda, muito executada.
AGORA AS IMENSAS PLANTAÇÕES DE MILHO.
Ficamos impressionados com a extensão das plantações, somente em Mato Grosso do Sul, entre Jardim, Ms. e Campo Grande, vimos 200 Km desta plantação, mas aqui no Triângulo Mineiro, não sabíamos, nada de toda esta riqueza.
A Serra é muito bonita, nos grutões e escarpas não agriculturáveis, preservaram a vegetação, isso é muito importante pois a região faz parte da bacia do Rio Araguari.
No topo da Serra do Salitre, a visão é maravilhosa, descortina a nossa frente o verdadeiro chamado sertão, dos séculos XVII, quando a região foi conquistada. O que pensar destes chapadões, que a partir destes pontos, vão até o Complexo da Canastra. Uma região rica em minerais, rios, animais e metais preciosos.
A o sol descia lentamente, os tons das luzes realçavam as belezas das plantações, ao longe já se avistava Araxá. Até onde fomos, para nós já estávamos chegando em casa.
As plantações de algodão sumiam no horizonte distante, estávamos despedindo das maravilhosas plantações.
CHEGAMOS NO TREVO DE ARAXÁ E RUMAMOS PARA UBERABA.
Ao contornar o trevo foi possível fixar esta maravilhosa imagem.
Nossa direção era para Oeste, assim tivemos que fazer este último trecho com o sol pela frente.
Não existe dois poentes iguais, todos são únicos e maravilhos, agradecer a Deus uma visão desta.
Ai estamos nós felizes de ver o dia terminando, após fazer esta grande viagem.
Passamos Uberaba e pegamos a maravilhosa estrada Anhanguera, mais 210 Km de pista dupla e estaríamos em casa.
A FOTOGRAFIA NÃO TRADUZ NOSSA FELICIDADE AO CHEGAR. ANDAMOS 3.890 KM, GRAÇAS A DEUS SEM NENHUM PROBLEMA. A CAMINHONETE FEZ UMA MÉDIA DE 13,2 KM COM 1 LITRO DE DIESEL S-10.